terça-feira, 9 de outubro de 2012

Uma rápida análise das eleições 2012


*Elho Araújo Costa

Vou aqui fazer uma concisa dissertação sobre o meu pensamento das eleições 2012, ressaltando a participação do PSOL, mas sem fugir de uma análise mais geral também.

No cenário Nacional, o partido que mais cresceu foi o PSOL que não tinha nenhuma prefeitura e agora governará a primeira no Brasil que é Itaocara no Rio de Janeiro com cerca de ...
vinte mil habitantes apenas. Um dos partidos que mais cresceu foi o PSB o qual é de Centro e que foi de cerca de trezentas (300) para mais de quatrocentas (400) cidades, um aumento considerável.


Voltando ao PSOL, houve um aumento considerável, elegeuvinte e cinco (25) vereadores em 2008 e nesta eleição foram quarenta e nove (49) eleitos, inclusive a maioria em cidades com mais de duzentos mil (200.000) eleitores. Porém, doze (12) desses vereadores eleitos correm o risco de serem expulsos por terem sido eleitos em coligações sem autorização da direção nacional do partido. Fomos para o segundo turno em duas capitais: Belém e Macapá. Além disso, tivemos resultados excelentes no Rio, com Marcelo Freixo tendo vinte e nove porcento (29 %) dos votos e Aracruz (ES) com porcentagem parecida.


Podemos dizer claramente que mesmo diante do refluxo das lutas no Brasil, diferente de décadas atrás, o PSOL cresce. No Pará, o PSOL possui chances reais de vencer o segundo turno com Edmilson Rodrigues e ser a primeira capital a ser governada pelo PSOL. Em dez (10) anos esse partido terá chances reais de governar o estado do Pará.


Mas, em Marabá, a situação é outra. Em 2008, a campanha foi simbólica com a finalidade de divulgar o partido (PSOL) que na época possuia três (3) anos de existência, ocasião em que os candidatos a vereadores somaram menos de quinhentos (500) votos. Nesta eleição de 2012, chegamos a mais de mil (1000), o que ainda é pouco. Mas, houve avanço. Porém, apesar dos partidos não priorizar eleições e sim as lutas do cotidiano, se quisermos avançar eleitoralmente, precisamos de mais filiados e militantes com maior projeção política, uma vez que para eleger um vereador é necessário quadruplicar o número de votos. Para isso, precisaríamos de no mínimo 30 (trinta) bons nomes com potencial de no mímino duzentos (200) votos cada, algo que não temos no momento.


Assim, analisando o cenário de maneira geral, o poder legislativo marabaense piorou e muito com esse novo quadro de vereadores, para começar analisando os eleitos e suas siglas, o partido que mais cresceu foi o PSDB, o líder da direita no Brasil, com três (3) eleitos. Vejam os reeleitos e seus partidos: Toinha (PT), Julia Rosa (PDT), Gerson do Badeco (PHS), Nagib Mutran (PMDB) , Vanda (PSD) Leodato Marques (PP) Miguelito (PP) Irismar (PR) Alecio da Palmiteira (PSB) Adelmo do Sindicato (PTB) Ronaldo Yara (PTB).


Não vejo nesse cenário de eleitos mudanças para melhor e sim para pior. Vejam os 10 (dez) que são novos no legislativo marabaense: João Hiran da Madereira (PPS), Profº Pedro Souza (PPS), Ubirajara (PPS), Sidney (PSDB) Beto Miranda (PSDB), Irmã Nazare (PSDB), Coronel Araújo (PR), Pr. Eloi Ribeiro (PRB), Pedrinho Correa (PTB), Orlando Elias (PMDB). Francamente, analisando rapidamente cada um (1) desses candidatos, é o retrocesso.


Não conheço a história de João Hiran.


Sobre o professor Pedro Souza, apoiado inclusive por filiados do PSOL, não representa mudança significativa, um professor que nunca defendeu sua categoria de professores, pelo contrário, sempre representou o governo.


O Ubirajara que é estudante de Engenharia de Minas na UFPA Marabá. Poderia ser uma mudança significatica, mas prefere ser financiado pela Vale do que defender seu povo indígena. Pelo que tenho ouvido, ele não foi eleito pelos indígenas, pois os votos seriam insuficientes.


Sidney não possui uma marca ideológica, a troca de partido que ele realizou é no mínimo estranha, age como um mercenário que vai ao partido que lhe dá mais estrutura financeira. A sua saída do PT e a entrada no PSDB é o reflexo de uma pessoa comprometida com os empresários e não com o povo.


Beto Miranda e Irmã Neia somente por serem do PSDB que privatizou Vale e Celpa, além da questão da Curva do S, são motivos suficientes para eu pensar que seus futuros mandatos representem retrocesso.


Sobre o Coronel Araújo, esse é fácil descrever, o que muita gente diz é que esse senhor só foi eleito porque ele usou de maneira criminosa a Guarda Municipal para fazer segurança de vilarejos rurais em troca de votos, se tivesse como provar o que muitas pessoas dizem, seria fácil cassar o seu futuro mandato. Esse cidadão ainda perseguiu vários servidores do DMTU, inclusive o escritor deste texto que há quatro (4) anos responde a processo administrativo disciplinar por ter criticado o então Diretor do DMTU.


Sobre Pastor Eloi, se seguir o que seus colegas evangélicos, fazem no Congresso Nacional será mais um a fazer acordos sem levar em conta o que a população precisa. Sem falar que muitos líderes evangélicos eleitos estão envolvidos em corrupção no Congresso Nacional ou votando pela redução do direito à aposentadoria, contra a reforma agrária, enfim os evangélicos no Congresso, andam de mãos dadas ao que há de mais podre na política nacional.


Pedrinho Correa já foi até preso e é aliado do maior ditador desta cidade (Tião Miranda), esse não representa mudança mesmo.


Enfim, Orlando Elias, foi um apelo do povo do km 07, mas infelizmente está no PMDB que é colega de Jader Barbalho e tantos corruptos que o PMDB possui pelo Brasil. É a velha história, quem consente com o corrupto é cúmplice.


*O autor é estudante de Direito da UFPA Marabá, agente de comunicação da Prefeitura de Marabá e Secretário Geral do Diretório Municipal do PSOL de Marabá.

4 comentários:

Unknown disse...

Boa análise..

Unknown disse...

24 scle the

joao kleber disse...

fbem caro elho, muitos dos candidatos citados vieram de outros partidos e ja passaram por assembleia legislativas ou prefeituras, as imagens e carisma deles já está na população e isso não reflete crecimento de partido só modifica nomes para o mesmo. evidentemente sua analise não levou em consideração a historia do candidato anteriormente para a população, pois pense comigo, se lula mudasse para o PMDB e fosse candidato a presidencia ele ganharia pois seu historico de luta vale mais do que o partido onde ele está.

Elho Araújo disse...

Estou há muito tempo, sem entrar neste blog, mas vendo o comentário de João Kleber, resolvi comentar.

Veja bem, a legislação brasileira não permite que um candidato seja lançado sem partido, portanto, o candidato reflete sim a opinião de seu partido.