*Elho Araújo Costa
Vou aqui fazer uma concisa dissertação sobre o meu pensamento das
eleições 2012, ressaltando a participação do PSOL, mas sem fugir de uma
análise mais geral também.
No cenário Nacional, o partido que mais cresceu foi o PSOL que não tinha nenhuma prefeitura e agora governará a primeira no Brasil que é Itaocara no Rio de Janeiro com cerca de ...
No cenário Nacional, o partido que mais cresceu foi o PSOL que não tinha nenhuma prefeitura e agora governará a primeira no Brasil que é Itaocara no Rio de Janeiro com cerca de ...
vinte
mil habitantes apenas. Um dos partidos que mais cresceu foi o PSB o
qual é de Centro e que foi de cerca de trezentas (300) para mais de
quatrocentas (400) cidades, um aumento considerável.
Voltando
ao PSOL, houve um aumento considerável, elegeuvinte e cinco (25)
vereadores em 2008 e nesta eleição foram quarenta e nove (49) eleitos,
inclusive a maioria em cidades com mais de duzentos mil (200.000)
eleitores. Porém, doze (12) desses vereadores eleitos correm o risco de
serem expulsos por terem sido eleitos em coligações sem autorização da
direção nacional do partido. Fomos para o segundo turno em duas
capitais: Belém e Macapá. Além disso, tivemos resultados excelentes no
Rio, com Marcelo Freixo tendo vinte e nove porcento (29 %) dos votos e
Aracruz (ES) com porcentagem parecida.
Podemos dizer
claramente que mesmo diante do refluxo das lutas no Brasil, diferente
de décadas atrás, o PSOL cresce. No Pará, o PSOL possui chances reais
de vencer o segundo turno com Edmilson Rodrigues e ser a primeira
capital a ser governada pelo PSOL. Em dez (10) anos esse partido terá
chances reais de governar o estado do Pará.
Mas, em Marabá, a
situação é outra. Em 2008, a campanha foi simbólica com a finalidade de
divulgar o partido (PSOL) que na época possuia três (3) anos de
existência, ocasião em que os candidatos a vereadores somaram menos de
quinhentos (500) votos. Nesta eleição de 2012, chegamos a mais de mil
(1000), o que ainda é pouco. Mas, houve avanço. Porém, apesar dos
partidos não priorizar eleições e sim as lutas do cotidiano, se
quisermos avançar eleitoralmente, precisamos de mais filiados e
militantes com maior projeção política, uma vez que para eleger um
vereador é necessário quadruplicar o número de votos. Para isso,
precisaríamos de no mínimo 30 (trinta) bons nomes com potencial de no
mímino duzentos (200) votos cada, algo que não temos no momento.
Assim, analisando o cenário de maneira geral, o poder legislativo
marabaense piorou e muito com esse novo quadro de vereadores, para
começar analisando os eleitos e suas siglas, o partido que mais cresceu
foi o PSDB, o líder da direita no Brasil, com três (3) eleitos. Vejam
os reeleitos e seus partidos: Toinha (PT), Julia Rosa (PDT), Gerson do
Badeco (PHS), Nagib Mutran (PMDB) , Vanda (PSD) Leodato Marques (PP)
Miguelito (PP) Irismar (PR) Alecio da Palmiteira (PSB) Adelmo do
Sindicato (PTB) Ronaldo Yara (PTB).
Não vejo nesse cenário de
eleitos mudanças para melhor e sim para pior. Vejam os 10 (dez) que são
novos no legislativo marabaense: João Hiran da Madereira (PPS), Profº
Pedro Souza (PPS), Ubirajara (PPS), Sidney (PSDB) Beto Miranda (PSDB),
Irmã Nazare (PSDB), Coronel Araújo (PR), Pr. Eloi Ribeiro (PRB),
Pedrinho Correa (PTB), Orlando Elias (PMDB). Francamente, analisando
rapidamente cada um (1) desses candidatos, é o retrocesso.
Não conheço a história de João Hiran.
Sobre o professor Pedro Souza, apoiado inclusive por filiados do PSOL,
não representa mudança significativa, um professor que nunca defendeu
sua categoria de professores, pelo contrário, sempre representou o
governo.
O Ubirajara que é estudante de Engenharia de Minas na
UFPA Marabá. Poderia ser uma mudança significatica, mas prefere ser
financiado pela Vale do que defender seu povo indígena. Pelo que tenho
ouvido, ele não foi eleito pelos indígenas, pois os votos seriam
insuficientes.
Sidney não possui uma marca ideológica, a troca
de partido que ele realizou é no mínimo estranha, age como um
mercenário que vai ao partido que lhe dá mais estrutura financeira. A
sua saída do PT e a entrada no PSDB é o reflexo de uma pessoa
comprometida com os empresários e não com o povo.
Beto Miranda
e Irmã Neia somente por serem do PSDB que privatizou Vale e Celpa, além
da questão da Curva do S, são motivos suficientes para eu pensar que
seus futuros mandatos representem retrocesso.
Sobre o Coronel
Araújo, esse é fácil descrever, o que muita gente diz é que esse senhor
só foi eleito porque ele usou de maneira criminosa a Guarda Municipal
para fazer segurança de vilarejos rurais em troca de votos, se tivesse
como provar o que muitas pessoas dizem, seria fácil cassar o seu futuro
mandato. Esse cidadão ainda perseguiu vários servidores do DMTU,
inclusive o escritor deste texto que há quatro (4) anos responde a
processo administrativo disciplinar por ter criticado o então Diretor
do DMTU.
Sobre Pastor Eloi, se seguir o que seus colegas
evangélicos, fazem no Congresso Nacional será mais um a fazer acordos
sem levar em conta o que a população precisa. Sem falar que muitos
líderes evangélicos eleitos estão envolvidos em corrupção no Congresso
Nacional ou votando pela redução do direito à aposentadoria, contra a
reforma agrária, enfim os evangélicos no Congresso, andam de mãos dadas
ao que há de mais podre na política nacional.
Pedrinho Correa já foi até preso e é aliado do maior ditador desta cidade (Tião Miranda), esse não representa mudança mesmo.
Enfim, Orlando Elias, foi um apelo do povo do km 07, mas infelizmente
está no PMDB que é colega de Jader Barbalho e tantos corruptos que o
PMDB possui pelo Brasil. É a velha história, quem consente com o
corrupto é cúmplice.
*O autor é estudante de Direito da UFPA
Marabá, agente de comunicação da Prefeitura de Marabá e Secretário
Geral do Diretório Municipal do PSOL de Marabá.
4 comentários:
Boa análise..
24 scle the
fbem caro elho, muitos dos candidatos citados vieram de outros partidos e ja passaram por assembleia legislativas ou prefeituras, as imagens e carisma deles já está na população e isso não reflete crecimento de partido só modifica nomes para o mesmo. evidentemente sua analise não levou em consideração a historia do candidato anteriormente para a população, pois pense comigo, se lula mudasse para o PMDB e fosse candidato a presidencia ele ganharia pois seu historico de luta vale mais do que o partido onde ele está.
Estou há muito tempo, sem entrar neste blog, mas vendo o comentário de João Kleber, resolvi comentar.
Veja bem, a legislação brasileira não permite que um candidato seja lançado sem partido, portanto, o candidato reflete sim a opinião de seu partido.
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