MANOEL RODRIGUES DA SILVA, Nascido na cidade de Marabá - Estado do Pará, aos 14/09/1965, filho de pais ágrafos. Funcionário público, sindicalista, educador, atuou no Conselho Municipal de Saúde de Marabá, Meio Ambiente, Plano Diretor, Sindicato dos Urbanitários do Pará, foi acadêmico do curso de Letras pela Universidade Federal do Pará-UFPA no período de 2004 a 2008, graduado em Ciências Naturais com ênfase em Biologia pela U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l d o P a r á - U E PA
RIBAMAR RIBEIRO JUNIOR, Marabaense, Sociólogo, com especialização em História Social da Amazônia; Professor do IFPA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - Campus Rural de Marabá. Delegado Sindical do SINASEFE. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia da Universidade Federal do Pará
sábado, 14 de julho de 2012
PSOL lança candidatura em Marabá
segunda-feira, 2 de julho de 2012
O PSOL, PSTU e os reflexos da crise da esquerda em Marabá
*Elho
Araújo Costa
O
PSOL, PSTU e os reflexos da crise da esquerda em Marabá
É evidente
que a esquerda brasileira encontra-se em crise, fato este o qual possui um
agravamento maior desde a explosão do CONCLAT (Congresso Nacional da Classe
Trabalhadora) da CONLUTAS em junho de 2010.
Muitos
atribuem problemas no CONCLAT, pelo desrespeito por parte de militantes do PSTU
às forças presentes no evento. O PSTU teria levado uma quantidade enorme de
estudantes para votar num Congresso de Trabalhadores, algo que foi encarado
como uma maneira de burlar o congresso.
No
final, o balanço do evento foi o rompimento de grupos inteiros da entidade e a
simples mudança de nome de CONLUTAS para CSP-CONLUTAS, um resultado muito
tímido, diante do potencial que o evento possuía.Assim,
vários fatores ocorreram ainda para que esses fatos agravassem, como por
exemplo, acusações trocadas entre militantes do PSTU e PSOL em eleições sindicais
e estudantis no Brasil inteiro, inclusive em Marabá.
O último fato ocorreu na greve da UFPA em que militantes do PSTU foram a favor de uma pausa na greve da UFPA para aulas no Programa de Formação de professores (PARFOR). Dessa forma, tratando os estudantes dessa modalidade de ensino como de qualidade inferior, já que usaram o discurso de que o PARFOR seria uma espécie de “bico” dos professores, algo repudiado por muitos professores e estudantes da UFPA.
O último fato ocorreu na greve da UFPA em que militantes do PSTU foram a favor de uma pausa na greve da UFPA para aulas no Programa de Formação de professores (PARFOR). Dessa forma, tratando os estudantes dessa modalidade de ensino como de qualidade inferior, já que usaram o discurso de que o PARFOR seria uma espécie de “bico” dos professores, algo repudiado por muitos professores e estudantes da UFPA.
O
fato agravou no último dia 29 de junho, quando houve assembléia estudantil na
UFPA Marabá e os militantes da juventude do PSTU na UFPA sustentaram a pausa na
greve da UFPA, mas perdendo na votação, com a maioria votando pela continuidade
da greve no PARFOR e o não tratamento diferenciado de parte dos estudantes da
UFPA e os interesses oportunistas do PSTU.
No PSOL,
os presentes na convenção municipal delegaram poderes ao Diretório Municipal (DM)
do PSOL sobre a coligação com o PSTU. Depois de intensa discussão, com sete dos
nove membros do DM presentes, foi aprovada por quatro a três a coligação com o
PSTU, sendo que figuras importantes dirigentes do PSOL, como o Coordenador
Geral do SINTEPP, Wendel Bezerra votaram pela não coligação.
Muitos
militantes do PSOL apostam que Wendel Bezerra seria de longe o melhor nome para
representar o partido na eleição para o cargo majoritário, mas interesses da
Corrente Movimento da Esquerda Socialista (MÊS) do referido partido foi
superior à saúde do próprio partido. Dessa forma, ao invés do PSOL lançar o
militante que é, provavelmente, o maior e mais conhecido dirigente sindical do
município para lançar outro sindicalista com uma plataforma muito menor.
Equívocos como esse não devem ser repetidos ou nós seremos transformados na desgraça
que é o PT.
O
resultado de tudo isso deve-se ao fato da tendência MES ser o setor mais a direita do
PSOL, sendo o único setor a aceitar doação de entes privados em campanha
eleitoral no PSOL, fato ocorrido no Rio Grande do Sul com Luciana Genro. Esse setor é a
maior corrente do partido no cenário nacional, representando quarenta por cento
do mesmo. O MES passou a existir somente há seis meses em Marabá, com o rompimento
de noventa por cento da Ação Popular Socialista (APS).
O Movimento
da Esquerda Socialista representa o que há de pior no PSOL e a construção deste
partido ainda possui sentido, porque os outros sessenta por cento do partido
possuem certa coerência no sentido de manter o PSOL na trajetória da luta
popular e revolucionária.
Soma-se
a isso o fato de que muitos do que poderiam elevar o coeficiente eleitoral do
partido no sentido de eleger um parlamentar em Marabá, não sairão candidatos. O
motivo é ressentimento, como Wendel Bezerra e outros por motivos pessoais e
financeiros (perda de gratificações pela liberação). O fato mais agravante é
que o PSTU não está totalmente legalizado em Marabá, o que pode gerar problemas
ao próprio PSOL nessas eleições.
*Elho
Araújo Costa é estudante de Direito, agente de comunicação da prefeitura de
Marabá, militante do movimento estudantil da UFPA desde 2007 e Secretário Geral
do PSOL Marabá, atua na Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST).
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